quarta-feira, 22 de junho de 2011


A banalização da forma de tocar dos músicos Assembleianos















A música é o carro-chefe no quesito arte na liturgia evangélica. A ausência de um louvor no culto só não é tão sentida quanto à da mensagem bíblica porque é Palavra que ilumina os passos, e não outra coisa (Sl 119.105: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho."), mas as canções são elementos fundamentais num culto ao Senhor. O próprio salmista enfatiza que o louvor deve ser benfeito e de forma alegre (Sl 33.3: "Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo.").

Mas basta passear por algumas igrejas e notar que o salmista é bastante esquecido por muitos músicos assembleianos (e de outras denominações também).

Citemos um exemplo: Os cultos começam, normalmente, às 19h, mas poucas igrejas são rigorosamente pontuais. Os hinos congregacionais são cantados a capella (é uma expressão de origem italiana, que designa a música vocal sem acompanhamento instrumental) porque os músicos nem sempre chegam no horário. O violão ainda está desafinado, o teclado está sem o cabo, o baixo sem as cordas, a bateria ainda vai ser montada. O sonoplasta nem chegou, foi o dirigente que ligou o som.

Tirando os rápidos corinhos ou alguém que ouse cantar um hino da Harpa Cristã, os músicos agora só "contemplarão" o culto, isso porque os grupos da igreja só usam playback. Resultado: 20h42, os instrumentos já estão desmontados e todos os instrumentistas estão do lado de fora do templo, cada um com sua paquera, aguardando a "chata mensagem", como dizem, acabar.

E o que falar do repertório? É cada vez mais humanizado: você - e não Deus - é o nome da vez. E não é porque as letras trazem mensagens edificantes, mas é pelo fato de a pessoa do crente ser a inspiração das letras. Sem contar os ritmos, que, se forem lentos demais, "fazem a igreja dormir" , alegam. Se forem muito rápidos, por outro lado, "incomodam até o próprio Deus", ressaltam.

Isso pode não ser comum em todas as congregações, mas é o panorama que se vê em muitas equipes de louvor, conjuntos eletrônicos, bandas musicais ou seja lá qual for o nome que se usa. A rotina monótona e sonolenta que os condutores do louvor proporcionam nos cultos chega a incomodar os apreciadores da boa música evangélica.

Quem toca sabe como é ruim encontrar esse ambiente sem compromisso na área musical das igrejas. O louvor, se é que assim pode-se chamar, só chega ao teto e volta.

Tocar sem disposição não adianta, até porque Deus não merece um louvor mal tocado. Vale lembrar que as orquestras angelicais que Ele tem a sua disposição nos céus tocam incessantemente com o mais absoluto grau de perfeição e adoração.

Portanto, nunca é tarde para revitalizar a área musical de nossas, caso ela esteja dentro desses moldes caracterizados aqui. E essa revitalização começa por quem produz: músicos, cantores e dirigentes de grupos musicais.

Nunca é tarde também repetir as palavras do salmista: 1."Cantai-lhe um cântico novo" (revigore-se a cada música tocada); 2. "Tocai bem" (faça o seu melhor, independente da música) e 3. "Com júbilo" (Não esmoreça. Você está fazendo para Deus, alegre-se! (Sl 33.3).

"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças" (Ec. 9.10)

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