quarta-feira, 1 de junho de 2011

VOCÊ SABIA?


Pesquisadores italianos descobriram que
o escaravelho central de um dos peitorais do faraó Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.) achado por Howard Carter, cujo detalhe vemos ao lado, não é uma pedra "verde-amarelada de calcedônia" como Carter a descreveu, mas vidro silicoso do deserto líbio, um vidro natural que só existe no deserto ocidental, uma das regiões mais remotas e inóspitas da Terra. O escaravelho de Tutankhamon demonstrou que havia uma certa comunicação entre o deserto ocidental e o vale de Nilo durante o curto reinado daquele faraó. Sabe-se que entre 2735 e 2195 a.C. os egípcios exploraram minas de ouro e de esmeralda nas montanhas do deserto oriental, entre o Nilo e o mar Vermelho. Mas não se imaginava que vidro silicoso do deserto pudesse surgir entre as pedras preciosas do faraó. Para consegui-lo, os antigos egípcios teriam que viajar por 800 km de deserto, a metade deles sem quaisquer oásis. A verdadeira natureza do material do escaravelho foi revelada medindo-se o índice de refração que foi comparado então com o de outros pedaços de vidro silicoso. Esse material tem, provavelmente, origem celeste, produzido pelo impacto na areia de um meteorito ou cometa e se espalha por uma área de cerca de 24 km de diâmetro. Como nenhuma cratera foi encontrada, acredita-se que o material poderia ter sido produzido por uma explosão de baixa altitude de um asteróide ou cometa. O calor da explosão pode ter derretido material superficial que, então, resfriou-se rapidamente formando o vidro. O elaborado motivo do peitoral, que simboliza a viagem do sol e da lua pelo céu, acrescenta um novo mistério: teriam os antigos egípcios adivinhado as origens celestes do vidro do deserto? Para ver o peitoral inteiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Página Anterior Próxima Página Home